quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Amar à distância

Este é um tema que vai sempre contrapor opiniões, levar a discussões e a trocas de galhardetes, vai sempre envolver palavras como confiança, dedicação e sacrífico. É um tema que ninguém nunca vai saber o que é enquanto não passar por esta realidade. Eu sei o que é, eu passo por essa realidade todos os dias e, por isso mesmo, sinto que tenho ainda mais direito de poder falar abertamente do que é amar à distância.
E podia enveredar por um lado mais amplo da coisa e usar a minha situação atual para dizer que amo à distância toda a gente: os meus pais, o meu irmão, grande parte dos meus amigos, grande parte da minha família... Mas não vou por aí, quero mesmo entrar pelo lado romântico da coisa. 
Namoramos há mais de dois anos e, desde que estamos juntos, o único periodo de tempo em podemos dizer que vivemos na mesma cidade (e na mesma casa) e partilhámos o nosso dia-a-dia em carne e osso foram umas miseras 4 semanas. Além disso, a nossa vida a dois resume-se a fins de semana bem passados, telefonemas longos, videochamadas e mensagens. Não, isto não é uma queixa, de todo. É um agradecimento por tudo o que temos enfrentado juntos.
Não é fácil, claro que não! Há alturas de muito desespero, de choro descontrolado, de ciúmes inexplicáveis, mas acima de tudo há o reencontro, as saudades, a partilha e a confiança, que se desenvolvem na nossa relação de uma forma tão especial e tão intensa.

Há 3 meses a nossa situação voltou a alterar-se e enfretámos um novo desafio: viver em países diferentes. Uma decisão que me orgulho de dizer que tomamos em conjunto, tal como tudo o que fazemos. Nem sempre estamos de acordo, como qualquer casal, mas respeitamos os objetivos e a vontade de cada um de nós, tentando sempre conciliar isso com o bem estar a dois.
Não é uma missão impossível! É certo que fazemos de tudo para nos vermos no máximo de 3 em 3 semanas, mas esse também é um esforço nosso, que sempre soubemos que teria que acontecer. O dia-a-dia não é o mesmo, há coisas que ficam por partilhar ou por contar, ainda que sejam pequenos pormenores, mas graças ao maravilhoso mundo das tecnologias um sorriso, a voz, um gesto familiar faz-nos ter força para superar tudo.
As lágrimas sobem aos olhos repentinamente quando ouvimos a nossa amiga dizer que vai jantar com o namorado, ou quando aquele casal amigo diz que foi ao cinema... Não, não podemos fazer isto todos os dias, mas quando fazemos... É muito melhor e somos ainda mais felizes!
Todos os dias passamos por provações e todos os dias temos conseguido enfrentá-las, sem medos, juntos. E é por isso que agradeço a ti e a mim, porque somos nós que traçamos este caminho, porque só a nós cabe esta decisão de ir em frente e não deixar que nada nem ninguém nos tornem fracos ou inseguros.

Que esteja para breve o fim desta etapa e que venha outra ainda mais feliz, mais brilhante e igualmente desafiante.

"Me, I fall in love with you every single day"

Rita Magalhães

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O tempo não pára


E hoje o nosso Boguinhas, o nosso MM mostrou-me isto... O que quer isto dizer? Que o tempo passa rápido demais, que cada segundo na vida conta e que partiste há demasiado tempo e que as saudades são tantas que simples momentos como este apertam o coração... e dói, dói tanto.

Há dias em que quase sinto o teu cheiro quando entro no carro, relembro as gargalhadas que demos juntos quando partilhávamos as resmunguices da avó. Lembro-me do quão confortante era quando, num dia de chuva e frio, me ias buscar à escola e me fazias companhia no sofá. Quando começavamos a ver um filme mas, poucos segundos depois, já estavas tu a ver o filme para dentro, de olhos fechados. As risadas que eu dava sempre que isso acontecia...

O quanto gostavas de uma boa almoçarada em família, com casa cheia e muita gente a falar ao mesmo tempo. Fingias que te incomodava o barulho, mas no fundo era só para marcar posição, porque sempre nos quiseste a todos por perto.

Hoje, num momento tão "insignificante" como os 180 mil km do nosso carro, a saudade bateu e de uma maneira tão forte que as lágrimas não quiseram manter-se nos meus olhos. Só recordo coisas boas dos anos que vi contigo. Só queria voltar a ter 5min desse tempo...

Nunca me percas, guia-me como sempre o fizeste e, por favor, fica por perto para não me deixares esquecer um segundo do que passamos juntos.

"Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou"


Mariza

Rita Magalhães

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Uma desilusão chamada Seleção Nacional de Futebol


Eu sei, eu sei... Já ninguém aguenta ouvir falar sobre este assunto. Eu própria estou incluída nesse pacote, mas não podia deixar passar um Mundial de Futebol sem fazer qualquer tipo de comentário.

Há uns anos, escrevi, neste blogue, um post sobre a beleza e a paixão pelo futebol e é precisamente por estar de consciência tranquila em relação à minha devoção por esta modalidade que me sinto no direito de poder criticar e dizer o que bem me apetece sobre este assunto. É verdade que existem mais desportos no mundo e também é verdade que Portugal é excelente em muitas outras modalidades, mas hoje é mesmo de Futebol que quero falar.

Vibro com cada jogo da Seleção, arriscaria a dizer-me que às vezes vibro mais do que com jogos do meu FCPorto. Enlaço o cachecol ao pescoço em cada jogo. Faço figas. Grito para a televisão. Insulto toda a gente quando a emissão não está a funcionar (os meus colegas de trabalho sabem bem do que falo). E com tudo isto eu ambionava chegar à final... Era essa a loucura que tinha na minha cabeça.

Se me deixa triste o nosso abandono da Copa? Claro que sim. Mas o que me deixa com os nervos em franja é a passividade da nossa delegação (a culpa é de T-O-D-O-S, sejam eles quem for). Irrita-me que não tenhamos dado 200% do que tínhamos e não me venham com tretas porque não demos. Irrita-me as lesões consecutivas dos atletas, como se se tratassem de jogadores que competem na distrital com treinos 2x por semana. Irrita-me as declarações no final de cada jogo, como se não tivessem visto o mesmo jogo que eu vi. Irrita-me que o melhor do mundo (porque ele merece o título e porque realmente o é) tenha estado apagado, magoado e pouco criativo. Irrita-me a lista de convocados, mas nem vou entrar por aí.

"Abandono precoce" ouve-se muito por estes dias. "Precoce"? Porquê? Fizemos por merecer passar aos oitavos? Nunca na vida. Demos o nosso melhor em campo? Nem pensar. Mostramos o talento do futebol português? Longe disso. Então porquê "precoce"? Foi muito bem feita não termos passado desta fase porque, definitivamente, não mereciamos.

Agora é ver o que falhou, limar arestas, puxar a garra dos jogadores, não pensar que "só faltam dois anos" para a próxima grande competição. É trabalhar duro, dar provas de que merecem ter 10 milhões a apoiá-los, mostrar que falharam, mas que estão prontos a corrigir os erros e a levantar a cabeça.

Critico porque me sinto nesse direito mas ai de qualquer estrangeiro que me venha falar mal dos "meus" jogadores. Parto para cima dele com todos os argumentos e mais alguns. Porque eu e todos os portugueses temos o direito de estar zangados mas nunca, em momento algum, temos o direito de abandonar as nossas quinas e as nossas cores.

Vamos a isto! Venha o Euro 2016!

Força Portugal, SEMPRE!

P.S.: Enquanto vem e não vem, desejo o melhor à Holanda neste Mundial. Foi minha casa durante 11 meses e fez-me crescer de forma absurda. Boa sorte!

Rita Magalhães

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Miragaia? É Gaia com "Mir"


A caminho do trabalho costumo sempre ouvir as Manhãs da Comercial e hoje apanhei a Mixórdia de Temáticas, que falava sobre a visita do Primeiro Ministro ao "World of Discoveries", um novo museu que enaltece e conta a história dos descobrimentos, no Porto.

Ora, eu nem vou discutir o facto de a peça estar hilariante, porque está... No entanto, o Pedro Ribeiro ao apresentar a rubrica disse que o museu era em Gaia. Já de mim enfurecida pela falta de cuidado em divulgar a informação, surpreendo-me com uma chamada de uma senhora que amavelmente explicou que o Parque Temático era em "Miragaia" do lado da margem do Porto. Explicou também como o museu estava brilhante e bem conseguido e, pertencendo à empresa responsável pela sua construção, convidou todos a passarem por lá.
Até aqui tudo bem... Engano desfeito! Até que a Vanda Miranda lembra-se de dizer algo como "Oh também só não disseste o Mir, porque vai-se a ver e é tudo Porto". Cá está... A forma de estragar uma manhã a uma pessoa! Então menina Vanda, ALMADA TAMBÉM É LISBOA? Afinal, também "só tem" um rio a separar as duas margens. Se calhar a minha revolta é exagerada, mas aquilo que realmente me irritou foi o desdém e a falta de interesse demonstrados com aquela atenciosa chamada feita para a rádio e que eles fizeram questão de transmitir.

Passada a raiva em relação à falta de cuidado deste meio de comunicação social, quero expressar a seguinte opinião: não compreendo o porquê de ter TANTA graça o facto de o Primeiro Ministro estar dentro de um "barquinho" com outros membros do governo. Partidos à parte, (e nem estou aqui para defender Passos Coelho), faz-me confusão o facto de estes representantes do governo terem simplesmente feito uma visita a um dos melhores museus que alguma vez o Porto recebeu e ainda serem "achincalhados" por isso. Incomoda-me pessoas mesquinhas e que estão sempre prontas a apontar o dedo...

Segundo relatos que tive, o museu está absolutamente incrível, põe os descobrimentos de Portugal nos píncaros e ainda atrai muitos turistas para lhes explicar que somos um país pequenino mas que fez muito por esse Mundo fora. A Douro Azul, pioneira do projeto, teve uma ideia brilhante ao transformar parte da nossa história num parque temático, divertido, interativo e para todas as idades.

Por isso minha gente, toca mas é a visitar o museu e a encher essa malta de cultura portuguesa. É bom orgulharmo-nos do que Portugal fez, ainda que tenha sido há muito tempo atrás e ainda que neste momento os motivos de orgulho não sejam muitos. Temos que nos agarrar ao que temos!

Um bom dia para todos!

Rita Magalhães

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Uma ida ao teatro...


Ontem tive o privilégio de ganhar um convite para ir ao Teatro Politeama ver a peça de Filipe La Féria "Grande Revista à Portuguesa".
Confesso que não sou grande fã do João Baião e a revista nunca foi o meu espetáculo de eleição, por isso estava muito curiosa com o que poderia ser feito no palco durante 3h que deixasse o público verdadeiramente satisfeito.
Quando me sentei na cadeira que me foi destinada (na Tribuna, ao centro) fiquei encantanda com o ambiente e a envolvência do espaço. O Teatro não só é muito bonito como é extremamente imponente.
A uma quarta-feira à noite eu nunca esperei que a sala passasse de metade da lotação, mas para minha surpresa ENCHEU! Pessoas de todas as formas e feitios: novas e velhas, brancas e negras, elegantes e requintadas, vulgares e parolas... Havia de tudo para todos os gostos.
O espetáculo começou a horas e quando a cortina levantou, mais uma surpresa: legendas em inglês a explicar cada cena que se passava em palco. Pensei: "Uau! Nós temos disto em Portugal?".
Durante o espetáculo, os figurinos, a mudança de cenário, os SAPATOS (eram todos incriveis), os monólogos hilariantes (e os mais dramáticos foram brilhantes também)... Estava verdadeiramente encantada!
Bem, não me vou alongar mais na descrição do espetáculo porque estragaria a magia da peça.
Prefiro ir direta ao ponto que realmente me fez escrever este post. Com um elenco brilhante (sim, até o João Baião me deixou de boca aberta), textos demasiadamente bem escritos, uma orquestra de topo e das melhores vozes que por aí andam em musicais... Só acho que justificava NÃO HAVER PLAYBACK EM NENHUMA MÚSICA!
Não foi em todas as músicas que isto aconteceu, mas a verdade é que aconteceu e eu não gostei. Acho que o espetáculo não merecia isso. E revolta-me que o façam sem necessidade nenhuma, até porque tinham uma banda a tocar ao vivo. Enfim... Acho que são pequenas desilusões completamente evitáveis, porque se são 3h de peça foi porque eles assim o decidiram. Então se decidiu, Sr. La Féria, faça o espetáculo brilhar durante todo esse tempo.
Ainda assim, saí do Politeama completamente rendida à revista à portuguesa, à Marina Mota, ao João Baião, ao Rui Andrade e à Vanessa, que me surpreenderam mesmo muito.

Obrigada a quem me proporcionou este serão diferente. Espero que venham mais destes!

Rita Magalhães

segunda-feira, 3 de março de 2014

Eu armada em "A Pipoca mais doce"!

Um dia, há algum tempo atrás, prometi a umas amigas que um dia havia de comentar os vestidos da passadeira vermelha como a blogger "A Pipoca mais doce" faz. Bem, o post de hoje é precisamente para cumprir essa promessa.

Ao contrário de outros anos, por ter estado o dia todo a trabalhar, nem uma olhadela dei na passadeira vermelha, de tão cansada que estava. Ainda assim, reservei a minha hora do almoço para avaliar (quem sou? editora da Vogue?) cuidadosamente os principais outfitts de ontem à noite. 
Então cá vai a minha apreciação!

As perfeitinhas (sem ordem de preferência)


 A Ema Watson surpreendeu-me. Acho-a sempre um paozinho sem sal e este ano esmerou-se. O vestido ficava bem, era lindo e (finalmente!) deu-lhe a idade que ela realmente tem, nem mais nova, nem mais velha.

 Não há grande coisa a dizer sobre esta senhora a não ser: morro de inveja de tudo aquilo que tu tens, Jenna Dewan-Tatum, a começar pelo marido, passando pelo corpo e a acabar no vestido.

 Tá bem, ok que a Jennifer Lawrence não estava uma "cena do outro mundo", mas está linda, fica-lhe bem e eu gosto!

 Miss Kate Hudson, um avião no seu Versace!

A Louise Roe usou um dos meus tipos de vestidos preferidos, numa das minhas cores preferidas. Também qualquer coisinha lhe cai bem, assim também eu!

 Robbie, Robbie... o que é que eu te faço? Já cobicei toda a tua endumentária nos Emys (em versão loira) e agora, em versão morena, acho que estás ainda mais matadora. Gata, gata, gata.

 Um princesinha chamada Maria Menounos 

 Sandra Bullock voltou ao pack das mais elegantes depois de muitos anos de ausência. O vestido é incrível e assenta-lhe mesmo bem.

 E finalmente, a menina de quem todos falam não só pelo merecido óscar como atriz secundária no "12 anos escravo" como por este vestido elegantíssimo, com uma cor incrível que ela escolheu para desfilar na passadeira vermelha. Go for it girl!

As grávidas (que me irritam porque parecem sempre bonitas em LA)


 Kerry Washington... hmmmm parece um pouco que se embrulhou numa toalha para ir aos Óscares mas está grávida e é linda por isso pronto, deixa lá.

Olivia Wilde, querida, vais ter que parar de ser tão elegante (MESMO QUANDO ESTÁS GRÁVIDAAAA!!!).

As críticas

 Giuliana, está sempre bem!

Osbourne, finalmente um vestido à tua medida! Gostei muito!

Os Gatos


 Bradley, nunca me desiludes!

 Jared Leto, sim senhor, mas que revelação. Parabéns pelo Óscar e pela indumentária. Não sei se é por estar de branco mas aqueles olhões... Nossa!


Mister Leonardo Dicaprio, que tanto merecia o Óscar por mil e uma razões (mas que também foi muito bem entregue ao Matthew), estava muiiiiito giro.

Casais que eu não me canso de ver passar


 Matthew, o senhor que quase desapareceu da face da terra (em Kg) para ganhar um Óscar. Camila Alves sempre linda de morrer. São maravilhosos juntos!

 Não gostei do vestido da Angelina Jolie, não mesmo. Acho que ela merece muito mais mas pronto, enquanto continuar a passear um Brad Pitt pela mão vou gostar de a ver.

Amorosos! Giros! Sorridentes! Adoro os Smith


Nesta minha lista só falta o casal Tatum, porque não consegui encontrar nenhuma fotografia deles juntos mas continuam a ser os meus favoritos.
E pronto, foi isto. Gostei muito. Agora vou voltar para o trabalho à séria.

Obrigada Filipa Gaspar, Filipa Bacelar e Catarina Silva, porque sei que pelo menos vocês vão ler com atenção este post <3 br="">

Rita Magalhães

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Porto vs Lisboa #1

Raparigas que dizem palavrões é feio. Ponto final. Não há nada que mude isso. Mas... Há uma grande diferença entre meninas do Norte a dizer asneiras e meninas de Lisboa a pronunciar as mesmas palavras.
No outro dia, ao ir para o carro (estamos a falar de um trajeto de 200m) ia uma rapariga ao meu lado a falar ao telemóvel, com certeza com uma amiga. Primeiro além de o assunto ser "falar da vida alheia", a miúda (gira gira gira, bem vestida e com tudo no sítio) estava constantemente com "o caralho na ponta língua", como se costuma dizer. ASSUSTADOR! Nunca 40 segundos de alguém a falar me soaram tão mal. Só dava vontade de ir lá dizer-lhe "não te ensinaram a falar em casa?".
A questão aqui é que se eu ouvisse uma conversa do género pelas ruas do Porto ou até de Braga, nada naquele cenário era estranho, mas aqui? Em Lisboa? Nem sabem dizer palavrões, mal abrem a boca a dizer as palavras, parece que ficam entalados entre os dentes. Palavrão por palavrão, que abram a boca toda. 
À boa maneira do Norte é que é bom :) 
Anyway, não há muito mais que se possa dizer sobre o assunto a não ser: meninas lisboetas, façam outras coisas que não seja dizer asneiras, porque, apesar de ser (muito) feio, as meninas do Norte fazem-no muito melhor.

Rita Magalhães 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Formações e coisas afins



Na semana passada, fui a uma formação promovida pela EDIT sobre "Digital Makerting Strategy". Basicamente, foi uma conferência com vários palestrantes, entre os quais elementos de agências de comunicação/publicidade, o Online Media Lead da Microsoft e o Diretor de Multimédia do Benfica.
E, por estranho que pareça, é precisamente sobre este último que eu vou falar.

Tiago Marques não só fez uma apresentação brilhante e cativou completamente a audiência como mostrou o grande trabalho e a grande equipa que está por trás de uma comunicação forte de um clube de grand edimensão.
Se calhar foi a apresentação que, para mim, chamou mais a atenção, por não estar à espera, sendo a TRIPEIRA FERRENHA que sou, de gostar do que quer que seja vindo daquele clube de lampiões.

A verdade é que há que saber distinguir o trigo do joio e realmente este senhor sabe do que fala. Além de nos ter dado (a mim e a Joana, a quem agradeço por me ter convidado para esta formação) várias boas ideias para aplicar no Desporto Universitário, desvendou alguns "mistérios" das redes sociais: "como combater adeptos em fúria via Internet?", "como garantir que a nossa página não é bombardeada com comentários menos apropriados?", "como chegar a públicos que, à partida, já estão perdidos?".

Além das redes sociais, Tiago Marques falou da importância de uma boa apresentação, não só para patrocinadores como para adeptos e apoiantes, revelando números, imagens, sons que tenham o impacto pretendido nos utilizadores.

Conclusão, independentemente das minhas preferências clubísticas, tenho que dar o braço a torcer e felicitar os grandes profissionais por esse país fora que ainda conseguem projetar o nosso país além fronteiras através de um excelente trabalho de comunicação.

As restantes palestras também foram interessantes e aprendi coisas com todas as elas, mas esta realmente superou as minhas expetativas em todos os sentidos.

Um bem haja também às instituições que continuam a promover este género de eventos, não só pela qualidade dos palestrantes mas por o fazerem GRATUITAMENTE, para uma melhor formação dos profissionais portugueses.

Rita Magalhães

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Democracia, uma ova!


 Mitchell, Lilly and Cam - Modern Family

Há quatro dias atrás, foi proposto pelo parlamento ao Presidente da República a realização de um referendo sobre a co-adopção e adopção de crianças por casais do mesmo sexo.
Esta é a temática que mais tem causado polémica nos últimos tempos e eu não vi melhor forma de retomar o meu blogue do que mandar alguns "bitaites" sobre este assunto.

Primeiro deixem-me mostrar a minha indignação por misturarem co-adopção e adopção no mesmo saco quando são coisas diferentes. A primeira questão refere-se ao facto de o cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo poder ou não adoptar o filho do seu cônjuge ou unido de facto, seja por estarem juntos, por o parceiro ter tido um acidente que lhe tirou algumas capacidades essenciais para tomar conta de um menor ou até mesmo pela morte desse mesmo cônjuge. Outra coisa bem diferente é tentar sondar os portugueses sobre o facto de aceitarem ou não que casais, casados ou unidos de facto, do mesmo sexo tenham a posibilidade de adoptar uma criança (não sendo filha biológica de nenhum dos dois).

Posto isto, e perdoem-me se fui massadora, eu pergunto: mas está tudo louco? Num país em crise, vamos gastar milhares e milhares de euros num referendo que, muito provavelmente, já tem uma resposta à partida: o NÃO!

Portugal é um país conservador e, respeitando as opiniões e ideologias de todos, nunca vai aprovar uma coisa destas. "As crianças vão ser julgadas por terem dois pais", "as crianças vão ter tendências para ser gays", "a sociedade não está preparada para isto", é das coisas que eu mais ouço por estes dias.

Sabem que mais? Deixem-se de moralismos! Estão preocupados com as crianças dos outros por serem amadas, respeitadas e acarinhadas por pessoas que gostam de pessoas dos mesmo sexo? Desde quando é que uma pessoa gay (homem ou mulher) tem menos aptidão, empenho e dedicação do que um heterosexual para tomar conta de uma criança?
E mais, depois de o país aceitar o casamento homosexual, quão absurdo é agora estar a pensar não aprovar a adopção e a co-adopção?

Continuo a achar que a "sociedade" está mais preocupada em pensar e falar mal dos outros do que organizar as suas vidas e serem felizes. 
"Ai eu estou desempregado e viver da reforma dos meus pais de 70 e muitos anos, mas não vou deixar que o gay do meu vizinho e o namorado dele adoptem uma criança", isto é o que eu consigo imaginar mais de ser dito por essa gente que considera este referendo "um ato de democracia".

Pessoas, grow up and get a life! Estou farta que nos vejam como o país de pobres e conservadores que não sabe acompanhar a evolução dos tempos, excepto em tecnologias claro porque para comprar ipads e iphones estão os meninos que propuseram este refendo prontos!

Rita Magalhães